Gaza – (07/12/2016) – O Conselho de Administração do INSS, reunido em sessão alargada, decidiu, em grande parte, manter, consolidar e até mesmo reforçar os seus investimentos alocados em diferentes sectores económicos, actualmente avaliados em cerca de 20,700 mil milhões de meticais.
O INSS decidiu, por outro lado, ponderar sobre a retirada de algumas das suas participações em sociedades, que representam uma exposição ao risco. Tais posições serão confirmadas em próxima sessão do Conselho de Administração do INSS, a ter lugar ainda este mês.
Actualmente, o INSS detém participações em empresas de diversos sectores de actividade, como é o caso do ramo financeiro, de alimentos e bebidas, de construção civil, de hidrocarbonetos, entre outros.
Estas medidas foram tomadas, no decurso da sessão extraordinária do Conselho de Administração alargado aos quadros daquela instituição, nomeadamente directores e chefes de departamentos das unidades orgânicas e outros técnicos afectos à área de investimentos, ocorrido, entre os dias 1 e 2 de Dezembro, no distrito de Bilene, província de Gaza.
No encontro, que teve por objectivo analisar os investimentos do INSS e verificar a sua relevância, com vista a tomar decisões sobre o seu futuro, na perspectiva de assegurar a sustentabilidade da instituição a longo prazo, foi decidido sobre a permanência e fortalecimento da participação do instituto em investimentos rentáveis e produtivos, bem como o recuo em empreendimentos que geram prejuízos.
A propósito, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INSS, Francisco Mazoio, explicou que o instituto vai consolidar a sua participação em investimentos sólidos, que dão retorno, devendo-se, igualmente, envidar esforços no sentido de robustecê-la.
“Daremos ainda continuidade àqueles projectos em curso e que são promissores, pois, embora não tenham ainda distribuído dividendos ao nível desejado, têm um processo de crescimento que oferece segurança”, sustentou Francisco Mazoio. O PCA do INSS ajuntou que a instituição vai ainda ponderar sobre a saída e recuperação dos valores investidos em algumas participações em sociedades.
Pelo seu carácter, as decisões tomadas nesta sessão extraordinária do Conselho de Administração alargada, segundo assegurou Francisco Mazoio, vão determinar o futuro da participação e posicionamento do INSS em diversos empreendimentos.
Ao nível doméstico, os gestores do INSS deliberaram a favor da separação das unidades orgânicas, que lidam com a administração interna, da unidade orgânica que dirige o sector de investimentos.
“Vamos investir na formação dos nossos quadros, especialmente ao nível da área dos investimentos, pois queremos fortalecer a nossa capacidade de governação nesta área, de modo a termos uma plena capacidade técnica de avaliar, fazer estudos de viabilidade dos investimentos e preparar correctamente os processos de tomada de decisão em todos os aspectos que têm a ver com os investimentos”, frisou Francisco Mazoio.
Num outro desenvolvimento, Francisco Mazoio referiu que o INSS tem receitas, obrigações com os beneficiários e fundos de reserva, que devem ser bem administrados, com base em critérios tecnicamente sustentáveis e estudos de viabilidade claros e correctos. “É este desiderato que exige de nós o reforço da capacidade técnica e melhoria da governação na área de investimentos, porque queremos investir para obter resultados positivos para o INSS”, concluiu.
Dos investimentos alocados em diferentes sectores da economia avaliados, até Setembro de 2016, em cerca de 20,700 mil milhões de meticais, distribuídos por activos, destacam-se: 64,66% em depósitos a prazo; 20,32% no desenvolvimento imobiliário; 7,70% em obrigações nas empresas e 6.85 % em participações em sociedades.
De Janeiro a Setembro de 2016, através dos seus investimentos, o INSS gerou rendimentos na ordem de 1,242 mil milhões de meticais dos quais 82% provêm dos depósitos a prazo, 9% das sociedades participadas e os restantes 9% de outras aplicações.