O Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE) mostrou-se, disponível a cooperar com o INSS na resolução das dívidas de contribuições de Segurança Social das empresas paralisadas e participadas pelo Estado.
Este posicionamento foi manifestado há dias durante a visita efectuada por uma equipe do Departamento Jurídico do INSS àquela instituição, com o objectivo de persuadir os gestores do IGEPE a canalizarem os valores em dívida, do contribuinte Empresa de Construção e Manutenção de Estradas e Pontes (ECMEP), das regiões Sul, Centro e Norte.
A equipe do INSS ao IGEPE, composta pelo Chefe do Departamento Jurídico, José Chidengo e pelo técnico Felizardo Mate, soube, na ocasião, que 26 empresas participadas pelo Estado, encontram-se numa situação devedora para com a Segurança Social e em via de dissolução e liquidação.
Falando na ocasião, Mário Vicente Sitóe, Director Técnico do IGEPE, garantiu que foi criada ao nível daquela instituição, uma comissão liquidatária, que está encarregue de monitorar o processo de liquidação do Património das extintas ECMEP´s.
Sitóe mostrou-se igualmente preocupado pelo registo sistemático de multas devido à falta de remessa de folhas de remunerações e consequente registo de juros de mora, o que dificulta a determinação do valor real da dívida.
Respondendo a esta questão, o Chefe do Departamento Jurídico do INSS esclareceu que o regime jurídico actualmente em vigor, preconiza nos casos de cessação de exercício de actividade, que as entidades empregadoras devem comunicar o facto, por escrito até ao décimo dia do mês a que se refere, sob pena de registo da situação de dívida, nos termos do artigo 16 do Decreto nº53/2007, de 3 de Dezembro.
De referir que, no âmbito da recuperação de dívidas de contribuições, bem como dos procedimentos a tomar de cessação de actividades, por parte das entidades empregadoras, o Departamento Jurídico do INSS prevê manter encontros semelhantes com outros parceiros estratégicos.
O processo de implantação gradual do Sistema de Informação de Segurança Social de Moçambique (SISSMO), na fase de recebimento de contribuições, vulgo SISSMO Receita ou Arrecadação, decorre de 12 a 19 de Março de 2013 nas Delegações Provinciais de Sofala e Zambézia.
Leia mais:SISSMO em implantação em Sofala e ZambéziaO PCA do INSS encorajou os funcionários da Delegações Provinciais de Manica e Zambézia a empenharem-se cada vez mais no trabalho em prol do Sistema de Segurança Social.
Leia mais:PCA do INSS encoraja os funcionários a trabalharem arduamente em prol do Sistema
O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INSS apelou aos contribuintes da Zambézia para inscreverem os trabalhadores e canalizarem regularmente as contribuições ao Sistema, assim como aderirem ao SISSMO.
Leia mais:PCA apela aos contribuintes da Zambézia a cumprimem com as obrigações do SistemaOs antigos mineiros de Moçambique, África do Sul, Botswana e Lesotho poderão aceder, nos próximos tempos, aos benefícios da Segurança Social.
Esta foi uma das recomendações dos peritos da área de Segurança Social e Laboral destes países, na reunião do “Diálogo Regional sobre a Avalição dos Benefícios da Segurança Social pelos Antigos Mineiros e Beneficiários”, que decorreu de 27 a 28 de Fevereiro findo, na Cidade de Prétoria, na África do Sul.
Leia mais:Antigos mineiros poderão aceder aos benefícios de segurança SocialAlgumas empresas contribuintes do Sistema nas Províncias de Manica e Zambézia não inscrevem, na sua totalidade, os trabalhadores na Segurança Social alegadamente por serem sazonais.
Esta situação foi constatada durante a visita que o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INSS, Francisco Mazoio, realizou recentemente aos distritos de Báruè e Manica, na província de Manica e em Gurué, na província da Zambézia.
Na vila de Catandica, distrito de Báruè, constatou-se a existência, na Sementes Nzara Yapera, de 14 trabalhadores inscritos no Sistema num universo de 100 trabalhadores.
Segundo os responsáveis da empresa, a maioria de trabalhadores não estão inscritos alegadamente por se tratarem de sazonais, prestando serviço em momentos de pico da sua actividade. De notar que tais trabalhadores são contratados de forma permanente todos os anos.
No contribuinte Ilda Dias Pegacho, empresa que se dedica a agro-pecuária existem 36 trabalhadores inscritos no Sistema, sendo que a sua integração no Sistema é feita de forma aleatória, tal como o PCA apurou na conversa mantida com a entidade patronal e com os trabalhadores.
No distrito de Gurué, constatou-se, na Chazeiras de Moçambique, a existência de 262 trabalhadores inscritos num total de 2000. Grande parte dos trabalhadores são, de acordo com o director da empresa, Almeida Lee, contratados nos tempos de pico.
Na SDZ Chá, notou-se a existência de mais de 200 trabalhadores inscritos no Sistema num conjunto de 1000. Os responsáveis da empresa justificam a não inscrição dos mesmos no Sistema com a sazonalidade que alegadamente caracteriza a sua actividade.
Perante esta situação, o PCA do INSS recomendou aos responsáveis das empresas para inscreverem no Sistema de Segurança Social todos os trabalhadores independentemente do tipo do vínculo contratual estabelecido, como forma de garantir a sua protecção social.
MUITOS TRABALHADORES DAS CHAZEIRAS NÃO TÊM BI
Grande parte dos trabalhadores que são contratados pelas empresas chazeiras, sobretudo para as campanhas de colheita de chá, no distrito de Gurué, na província da Zambézia, não possuem Bilhete de identidade (BI), situação que se verifica com as esposas e filhos.
O PCA do INSS, ao constatar esta situação nas empresas Chazeiras de Moçambique e SDZ Chá, orientou a Delegação Provincial do INSS da Zambézia para solicitar uma brigada da Direcção Provincial de Identificação Civil para registar os trabalhadores, incluindo o seu agregado familiar, o que se seguirá a sua inscrição na Segurança Social.